Calendário de vacinas para cães e gatos: o guia completo!

Ter um animal de estimação é tudo de bom! No entanto, esse ato demanda uma série de cuidados fundamentais para que a longevidade, a saúde e a qualidade de vida do pet — seja ele um cão ou um gato — sejam preservadas e garantidas. Afinal, como funciona essa estratégia?

A vacinação de cães e gatos funciona a partir de um calendário pré-definido, que conta com a imunização para algumas das principais doenças que acometem esses animais. Ainda que algumas sejam facilmente resolvidas, outras podem ter consequências graves ou até mesmo levar o animal a óbito se não forem tratadas.

Pensando nisso, preparamos um guia para mostrar a você a importância da vacinação para os pets e todas as suas vantagens. Falaremos sobre cada uma das vacinas, as doenças que elas previnem, a partir de quando devem ser aplicadas e mais. Boa leitura!

O que são, afinal, as vacinas?

Vacinas são substâncias, em apresentação líquida, que são produzidas em laboratório a partir de fragmentos de vírus, bactérias e outros agentes patógenos. O seu objetivo é estimular a imunização do organismo contra esses causadores de doenças, tanto nos seres humanos, quanto nos animais.

Em alguns casos, a vacinação não evita que o animal se contagie com determinada doença. No entanto, abranda consideravelmente os seus sintomas, fazendo com que o pet não corra risco de vida. Em outros, imuniza o animal completamente pelo período estipulado pelo fabricante.

Como elas atuam no organismo?

Em nosso organismo, há um sistema dedicado exclusivamente para a defesa de nosso corpo: a imunidade. Aqui, células brancas (leucócitos) atuam na degradação de vírus e outros corpos estranhos que adentram em nossa corrente sanguínea pelas mais diversas fontes. Essas células têm algo conhecido como memória imunitária.

Essa memória permite que as células reconheçam um agente já visto antes. Sendo assim, no primeiro contato — ou seja, a primeira vez que adoecemos —, elas precisam aprender como o patógeno atua para poder se defender. No segundo, já sabem e atuam muito mais rapidamente, evitando que a doença se instala.

Qual é a importância da vacinação para os pets?

O objetivo da vacinação é, portanto, gerar um primeiro contato do sistema imunológico com o patógeno em questão, fazendo com que ele o “leia”, o decifre e, assim, guarde informações sobre a possível doença em sua memória imunitária. Isso é feito de forma muito sutil e branda, mas evita infecções complicadas caso o animal entre em contato com a doença posteriormente.

Por isso, a vacinação — assim como a castração, uma boa alimentação e, claro, muito amor e carinho — é um dos cuidados essenciais para o bem-estar de nossos pets. Com ela, prevenimos problemas sérios de saúde e garantimos muito mais bons anos ao lado de nossos companheiros de outra espécie.

A frequência é a mesma para todos os animais?

Quando nos deparamos com um calendário de vacinação, é comum que observemos a frequência indicada para o reforço das doses daquele produto. Com isso, fica a dúvida: essa periodicidade é a mesma para todos os animais. Todos se enquadram dentro de um mesmo espectro.

A resposta é não. Alguns animais terão calendários ligeiramente diferentes do que outros. Essa frequência é personalizada e depende de uma série de fatores, tais como: idade do pet, estilo de vida (se sai de casa, se tem contato com outros animais ou não, entre outros), presença ou não de doenças crônicas, alergias e muito mais. Por isso, converse com um médico veterinário!

Há qualquer tipo de risco relacionado às vacinas?

De modo geral, a vacinação é algo muito seguro e que não oferece nenhum tipo de risco para a saúde dos animais. Ela pode, sim, trazer alguns efeitos colaterais — especialmente no dia da aplicação. Isso está relacionado com a resposta imunológica para o patógeno e, por isso, febres, dores pelo corpo e um certo desânimo são reações comuns.

No entanto, é sempre necessário avaliar, em conjunto com um médico veterinário, se há algo além. Nos gatos, por exemplo, há um problema conhecido como Sarcoma de Aplicação e, por isso, injeções de qualquer natureza devem ser ou evitadas, ou aplicadas em pontos estratégicos do corpo do felino. Por isso, é fundamental contar com um ótimo profissional para guiá-lo nesse processo!

Quais são as principais vacinas para cães?

Agora que já compreendemos como as vacinas realmente funcionam, que tal começarmos a descobrir um pouco mais sobre cada uma delas? A seguir, discutiremos sobre a vacinação em cães, uma espécie que tem várias doenças de cachorro potencialmente fatais. Vamos lá!

V8, V10 e V12

Uma das principais vacinas dadas aos cães é a chamada polivalente, que os protege contra uma série de doenças. O número disposto no nome da vacina diz respeito à quantidade de enfermidades que são prevenidas com aquela aplicação.

A V8, uma das mais comuns, protege os cães contra:

cinomose;
• hepatite infecciosa canina;
• adenovirose;
• coronavirose;
• parvovirose;
• parainfluenza;
• leptospirose.

Algumas dessas doenças, como é o caso da parvovirose e da tão temida cinomose, podem levar os pets ao óbito em poucos dias. Por isso, prevenir é o melhor remédio!

A primeira dose dessas vacinas pode ser dada a partir das 6 semanas de vida do pet. Ela conta com três doses, sendo uma delas feita a cada mês. Em um calendário padrão, o reforço é anual.

Antirrábica

A vacina antirrábica protege os cães contra uma das enfermidades mais letais: a raiva. Hoje, esse problema está, graças à vacinação massiva de nossos pets, praticamente erradicada em território brasileiro. Vale a pena ressaltar que essa é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida dos animais aos seres humanos. Além disso, ela não tem cura.

A raiva é principalmente caracterizada por afetar o sistema nervoso do indivíduo acometido, independentemente de sua espécie. Em poucos dias, ela pode evoluir rapidamente para o óbito. Seu contágio é feito a partir da inoculação de patógenos na corrente sanguínea, normalmente por meio de mordeduras.

A vacina da raiva pode ser feita nos cães a partir dos 4 meses de idade, após a finalização de todo o calendário. Ela é aplicada em uma única dose e conta, também, com reforços anuais.

Gripe canina

A gripe canina, também conhecida como tosse dos canis, é um problema que atinge muitos animais, especialmente durante o inverno. Essa é uma doença que, apesar de simples, pode evoluir para problemas mais graves, como uma pneumonia ou muitos outros.

Nem todos os pets terão essa vacina inclusa em seus calendários, mas é importante considerá-la caso o seu bichinho saia muito de casa, viva em contato com outros animais ou até mesmo caso a sua casa seja o lar de muitos animais. A gripe canina é altamente contagiosa e pode virar um grande problema.

Ela é feita em duas doses, com aplicação feita a partir das 12 semanas, ou seja, depois da primeira dose da V8. O reforço também pode ser anual.

Giardíase

Agora, vamos falar sobre a giardíase, uma doença de origem parasitária que acomete muitos cães. Ela afeta o sistema gastrointestinal, causando dores de barriga e fezes sanguinolentas, muitas vezes com diarreia. Assim, o animal pode, além de sentir um grande desconforto, desidratar e ter consequências graves para a saúde.

A giardíase pode ser tratada com o uso de alguns vermífugos combinados, que conseguem atuar no parasita e eliminá-lo. No entanto, muitas vezes, esse tratamento pode ser longo, com um tratamento cuidadoso do ambiente para evitar reinfestações.

Por isso, novamente, é interessante prevenir o surgimento desse problema. Essa vacina funciona como a da gripe canina, ou seja, é feita em duas doses a partir das 12 semanas de vida do animal.

Leishmaniose

A leishmaniose, também conhecida como calazar, é uma doença muito grave que acomete cães de várias regiões do Brasil. Ela é transmitida por mosquitos e uma das formas de prevenção desse problema é o uso de coleiras repelentes que, infelizmente, nem sempre atuam com a eficácia desejada.

Esse é um problema de tratamento dispendioso e longo e que traz uma série de sintomas muito graves ao animal. Além disso, esse problema culminava, até certo ponto em nossa história, na eutanásia compulsiva dos animais acometidos.

Hoje, felizmente, há uma vacina disponível para esse problema. A sua aplicação, uso e recomendação são feitas de forma muito específica, considerando o quadro do animal e a quantidade de risco de contágio a que ele está exposto. Converse com o médico veterinário que acompanha o seu cãozinho!

Quais são as principais vacinas para gatos

O calendário de vacinação dos gatos é um pouco mais simples e enxuto, mas, nem por isso, menos importante. Agora, vamos conversar sobre as principais vacinações para os bichanos e quais doenças cada uma delas ajuda a prevenir ao longo da vida dos gatinhos. Confira.

V4 ou V5

Agora, chegou a hora de falarmos sobre a vacina polivalente dos gatos. Ela protege o pet contra as seguintes doenças, algumas delas relativamente simples (como a rinotraqueíte), mas que podem ter consequências devastadoras para os animais caso evoluam mal:

• panleucopenia;
• rinotraqueíte;
• clamidiose;
• calicivirose.

A V5 tem a mesma carga de proteção, mas com um adendo: ela protege, também, contra o vírus da FELV, a leucemia felina. Um teste determinará se o seu bichano já foi exposto a essa doença. Caso o resultado seja negativo, ele poderá fazer essa versão da vacinação e continuar livre desse quadro!

Algumas dessas doenças, como a coronavirose, podem ser transmitidas em locais simples, como a caixa de areia. Sendo assim, não há a necessidade de uma interação física entre os pets. O coronavírus, em gatos (assim como nos cães), gera uma diarreia intensa. No entanto, nos felinos há um perigo maior: em alguns casos, o vírus pode mutar e se transformar em uma doença fatal, a PIF.

A polivalente, em gatos, pode ser aplicada a partir das 6 semanas de vida do felino. Ela também funciona com o esquema de 3 doses, uma a cada mês. O reforço, nesse caso, também é anual. No entanto, gatos indoor (ou seja, que não têm acesso à rua) podem precisar de um espaçamento maior. Confira com o veterinário responsável!

Antirrábica

Novamente, nos deparamos com a importância de vacinar os nossos amiguinhos contra a raiva. A hidrofobia, outro nome para essa doença, também pode atingir os gatinhos e ter um desfecho fatal e nada desejado pelos tutores apaixonados por seus bichanos.

Assim como acontece com os cães, a vacina contra a raiva é aplicada apenas quando todo o calendário da polivalente é terminado. Isso fará com que o filhote esteja mais forte e com o sistema imunológico mais amadurecido, a fim de conseguir lidar bem com toda a carga viral dessa vacina que, apesar de sutil, pode gerar um certo mal-estar.

Sendo assim, a vacinação contra a raiva em gatos é feita apenas após as 16 semanas de vida do animal. Ela também é aplicada em uma dose única e o seu reforço é feito anualmente.

Como é feita a aplicação das doses?

Agora que já sabemos como funcionam as vacinas, quais doenças elas previnem e muito mais, fica uma dúvida: como é feita, afinal, essa aplicação. Bom, cada veterinário terá o seu modo de atuação. No entanto, algumas regras valem para todos. Elas incluem:

• um exame físico antes da aplicação (o animal não pode estar doente ou febril, já que a vacina pode não apenas piorar o quadro, mas também deixar de ser eficaz);
• coleta do histórico daquele pet para a determinação do calendário de vacinação.

Depois disso, o médico veterinário fará a limpeza da região da picada e aplicará a vacina em poucos segundos. Alguns animais podem sentir um certo desconforto, mas essa é uma sensação passageira, assim como acontece com os seres humanos. Nesse dia, mime bastante o seu pet e deixe-o bem confortável em seu lar!

Gostou de saber mais sobre a vacinação de cães e gatos? Com esse guia, você fica ainda mais bem informado sobre a saúde de seu grande amigo e pode, enfim, discutir sobre o calendário personalizado de vacinas de seu pet com um veterinário competente. A saúde de seu companheiro agradece!

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